As reuniões do Caminho em Salvador acontecem aos DOMINGOS às 18:30 hs no auditório do Centro Médico da Pituba. Fica na Alameda Benevento, 405, antes da Escola Colméia, na Pituba. Vem e Vê!


Amar o diferente é reverenciar a Graça

Se a vida da maioria dos cristãos é pautada por uma por experiência típica de linha de produção, isto é, onde os indivíduos tendem a repetir e reproduzir comportamentos, especialmente morais, que caracterizam determinado grupo, esta lógica também funciona quanto o assunto é lidar com os diferentes.

Percebe-se uma dificuldade extrema da maioria em lidar, por exemplo, com pessoas cujos pecados sejam diferentes dos seus. Tem-se toda a paciência e misericórdia com aqueles que cometem pecados considerados "comuns", "cotidianos" ou aquelas transgressões, que embora devessem ser objeto de censura, são toleradas por não estarem incluídas no rol dos delitos de cunho sexual.

Aos líderes espirituais concede-se a vênia obducta de mercadejarem a palavra, de venderem ilusões, de surrupiarem os cofres das instituições, de serem presos pela Polícia Federal com dolares não declarados, de comprarem e não pagarem, de fazer acordos políticos para a venda de votos do rebanho e todas as outras atrocidades das quais se tem notícias. Contudo, se fiéis comuns tiverem o infortúnio de cometerem um pecado diferente desses que o grupo já assimilou como "natural", são tratados como vis pecadores, excluídos da comunhão com os demais.

Não é incomum vermos pessoas advertindo ou dirigindo um olhar acusatório se você anda com alguém ou no mínimo mantém respeito por quem não reza na "cartilha" religiosa da maioria.

Quando maliciosamente perguntam como posso estar com pessoas que tenham pecados como "fulano", a resposta que dou é como o "fulano" pode estar, andar ou lidar com alguém com os pecados que eu tenho?

A dificuldade parece residir em responder aos comportamentos humanos com a atitude simples do amor.
A dificuldade está em deixarmos de estabelecer um "ranking" que defina quem é ou não de Deus.
A dificuldade está em não usurparmos o papel dos anjos, encarregados únicos de separar o joio do trigo, segundo os evangelhos.

Seremos gente do evangelho quando dirigirmos nossa energia para o acolhimento e cuidado do que é diferente.
Seremos discípulos de Jesus se tornarmos práticas as palavras de amor que anunciamos, partilhando e oferecendo perdão para aqueles que já são excluídos do afeto comunitário.

Cada dia estou mais convencido de que a única esperança para qualquer de nós, independentemente dos nossos pecados particulares, reside na fé inabalável em um Deus que inexplicavelmente ama pecadores, incluindo aqueles cujos pecados são diferentes dos meus.

O mundo está cada vez mais refratário à mensagem que a igreja evangélica prega. Fala-se nos púlpitos, na tv, no rádio, nos folhetos entregue numa estação qualquer, mas os homens não entendem o que se diz.

Não compreendem por que o que se diz não ganha realidade prática.

O que se diz, desdiz o amor que o Evangelho grita nos telhados do mundo.

O convite do Evangelho é para lidarmos com gente. Todos tem um nome e uma singularidade diante de Cristo. Diante de Jesus não há viciados, gays, lésbicas, roubadores, bêbados, prostitutas, divorciados ou adúlteros. Não há rótulos.

Diante de Cristo há Marias, Joãos, Pedros, Antonios e todos os demais homens e mulheres, todos igualmente destinatários da Graça de Deus.

Amar ao diferente é questão de honestidade. É reconhecer que Cristo me amou apesar de mim, é ser grato por um amor que não cogitou quais eram meus pecados, se são iguais ou piores  que o do outro.

Romualdo Junior

Estação Salvador


O Caminho é uma pessoa e seu nome é Jesus!


O maior é aquele que mais serve!






                                 







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