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Quais as suas reações diante da adversidade?



​Quais as suas reações diante da adversidade?

Tiago 5:12-20   - HEBREUS 13:8

 

Tiago começa alertando para o perigo de empenhar  a própria palavra com votos que poderão não ser cumpridos.  

 

Não façam promessas que dependam da força de vocês para que não sejam condenados caso algum fato superior os impeça de realizar o que prometeram,  é o que aconselha Tiago.

 

Ele estava ao mesmo tempo sendo coerente com aquilo que escrevera antes no Cap. 4:13 quando assevera: "Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna.

 

Tiago estava alertando para o fato de que a vida demanda de nós somente verdade e não exige que se faça promessas para além de nossas forças ou das dimensões que conhecemos e sobre as quais não temos controle algum.

 

Ao exteriorizar as suas intenções, o homem precisa tão somente dizer sim, caso entenda possível fazer,  e não, se não pode realizar, isso a partir de uma avaliação mínima do contexto.

 

Em outras palavras, o que não podemos é  transformar nossas  promessas em absolutos, como se tivéssemos o controle de todas as nuances que nos cercam.

 

As minhas aspirações podem ser conhecidas, mas com a devida consciência de que nenhum de nós consegue acrescentar um centímetro no curso de sua existência.

 

Ora, se a vida do homem é como um vapor, efêmera e passageira, não pode pretender o homem bancar as suas promessas se a sua própria vida é carregada da fugacidade inerente aos seres vivos.

Tal ponto de vista desmonta todas as hipóteses de autossuficiência humana, que não passam de orgulho em atividade.

 

Fazendo uma das possíveis aplicações, Tiago está dizendo: Desistam de todo triunfalismo, sejam pessoas normais, não super-homens, vocês não conseguem lidar com nada que não sejam as contingências diárias, que já são fardos pesados para muitos.

 

Não obstante essa relatividade humana explícita, essa fraqueza e incapacidade humana de controlar os fatos da vida, Tiago aponta para outra direção, surpreendentemente, visto que os seus conselhos parecem seguir uma lógica típica daqueles que são guiados pela racionalidade extrema.

 

Por esta razão, nos versículos seguintes, Tiago aponta para a direção da manifestação sobrenatural em favor de homens e mulheres, não pela via da força própria que gera corações jactantes e orgulhosos, mas pela via da fé, que realizar o impossível.

 

Então ele diz que se houver alguém entre vós aflito... ORE!

 

Tiago propõe uma solução baseada na confiança e conhecimento do Deus a quem conhecia, isso sob os mais amplos aspectos.

 

Sim! Por que quem escreve esta epístola é o irmão de Jesus. Ele não só presenciara todas as manifestações miraculosas empreendidas pelo Deus encarnado em Cristo, ele era alguém que gozava de sua privacidade.

 

A recomendação de Tiago não é para você se recolha covardemente, que você racionalize as suas perdas, seu sofrimento e enfatize um sentimento de autocomiseração. Tiago não embala o coitadismo, não emula a vitimização, não sugere que o universo se voltou contra você, numa conspiração cósmica.

 

Geralmente quando estamos aflitos, apertados por todos os lados, numa luta que nos faz sentir impotentes diante do quadro negro que vislumbramos. Aa tendência é murmurarmos, é reclamarmos, é nos sentirmos as piores pessoas, é fazermos uma retrospectiva das coisas ruins de nossa história, é fazermos um esforço para buscar as razões para o nosso estado.

 

Essa nossa disposição só acumula em nosso coração pesar e sentimentos derrotistas.

 

A lamúria, as queixas e lamentos são nossas reações prioritárias.

 

São perguntas que você faz a si mesmo e a Deus. Fica clara a insatisfação, a amargura, e como resultado, lágrimas, que reclamam justiça para esse ser "injustiçado pela vida" que é você.

 

É então que homens e mulheres vão se alimentando do próprio sofrimento, fazem das tristezas a dieta da alma...

 

E Quantos estão à beira da depressão! E quantos já não estão vivendo quadros típicos?

 

Esperneamos, suamos, choramos, temos dores de ansiedade e não fazemos o básico numa hora dessas: ORAR.

 

Está doendo? Houve perdas? Há medos, insegurança, desesperança, Ore. Está triste? Ore.

 

Infelizmente a virtualidade tem gerado um padrão adoecido de relacionamento com Deus.  O que era somente circunscrito aos relacionamentos virtuais humanos agora acontece também na relação com o Senhor.

 

Sim, por que a virtualidade tem gerado nas pessoas padrões diferenciados de relacionamento.  É um outro padrão de desejar, de gostar, de se estimular, de desenvolver o afeto, posto que o afeto presencial é distinto. Os afetos virtuais se mostram distante dos presenciais, na prática.

 

Não há encontros reais, há insatisfação com a presença humana, só conseguem se sentir satisfeitas se forem percebidas, curtidas nas redes sociais, mesmo por pessoas com as quais  não se tem o mínimo de tangenciamento, o mínimo de conhecimento...

 

Essa virtualidade também tem se constituído no confessionário ou altar do derramamento das dores e lágrimas de muitos.

 

Hoje, se a pessoa está sofrendo, liga, escreve algo no face, liga para a melhor amiga ou amigo de imediato.

 

Argumentam que precisam desabafar, por que estão sofrendo.

 

Publicam nas redes sociais as suas decepções, as traições que sofreram, os infortúnios profissionais e amorosos,  protestam contra os que as ofenderam, contra os chefes que não reconhecem a sua dedicação, reclamam  o amor dos filhos, a atenção do marido, da esposa. Tudo na virtualidade, para que todos saibam, no mural da própria existência.

 

Entretanto, esquecem de ORAR.

 

Em verdade Deus continua sendo muito distante para  a maioria. Deus é um ser simbolicamente poderoso, historicamente maravilhoso, mas não experiencialmente real. Cremos no Deus dos outros, mas Deus para nós é ainda mera informação.

 

A relação com Deus é experimentada pela maioria de modo triangular. O indivíduo acredita que Deus dispõe de outros, encarregados seus, profetas e oráculos, sem os quais o consolo de Deus, a palavra de Deus não chega a ele. É uma unção que só chega de maneira terceirizada.

 

Até quando a gente quer oração, tem que pedir ao outro. Nunca se dobra o joelho na hora e se intercede por si mesmo ou por alguém que precise.

 

Houve uma ruptura nessa relação com Deus e essa terceirização na comunicação, no relacionamento.

 

Em muitos lugares essa terceirização é remunerada, paga, tem valor pecuniário.

 

Além daqueles que não creem a ponto de eles mesmos buscarem a Deus, há aqueles que se decepcionaram tanto com a perspectiva ufanista que nutriam que agora o individuo não quer correr o risco de não ser respondido e ficar trauma-deus-tizado.

 

Por isso as pessoas buscam essa terceirização espiritual, por que se não der certo ele vai imputar ao outro a sua decepção, vai dizer que o que orou não tinha fé suficiente.

 

Em resumo, o que se vê é o medo do indivíduo, de moto próprio, se colocar diante de Deus com sua realidade e suplicar.

 

A recomendação de Tiago continua pertinente:

 

Se os problemas se avolumaram, ore.

 

Se as adversidades lhe sobrevém, ore.

 

Se a tristeza assomou o seu coração, ore.

 

Se a sensação de impotência e medo o fizeram parar, levaram-no à intatividade, ore.

 

Se as perspectivas são nulas, se a esperança desvaneceu, ore.

 

Primeiro fale com o Senhor...

 

Ore!


Romualdo Jr.

Estação Salvador

Salvador, Ba , 07 de setembro de 2014

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