Justiça, Aliança, Paz, Cruz

Justiça, Aliança, Paz, Cruz

Lucas 15:22 - Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés;
 

Ontem, quarta-feira, dia 20/11, tivemos a possibilidade de mais um momento de convivência com "os do caminho" em Salvador, no lar de nossos irmãos Rodolfo e Laura, motivos para não estarmos presentes, tínhamos muitos, em um trânsito que têm nos causado tantos atrasos e stress, mas sempre temos a certeza que os re-encontros nos farão bem, sempre saímos com este sentimentos quando falamos Daquele que passou por tantos sofrimentos, angustias, provações, e ainda assim, nos convida para "...termos bom ânimo".

 

É sempre uma oportunidade para a comunhão, oração e aprendizado do Evangelho, além de reforçar o aspecto comunitário de nossa jornada.

 

E como sempre é falado entre nós:

 

É com vivência que a gente aprende a servir.
É com vivência que compreendemos o outro, suas relatividades e as nossas próprias.
É com vivência que a união pode ser consolidada em amor.
É com vivência que as lições do Evangelho ganham significado.

É com vivência que há a percepção do papel de cada membro no corpo de Cristo.

É com vivência coletiva que há estimulação e encorajamento para a caminhada.
 
Sem estar, viver, comungar, compartilhar, o Evangelho vira retórica religiosa.

 

Nesta oportunidade foi lido um texto, que tem por título: "Roupa, Anel, Alparcas, Bezerro Cevado", fazendo referência à parábola do filho prodigo, descrito no texto de Lucas 15. Notadamente e historicamente, a leitura desta parábola sempre foi exemplificada para um retorno de um pródigo (muito conhecido com desviados) fora "da casa do pai", onde muitos a chamam de templo/denominação/"igreja", e o uso da culpa é a maior ferramenta/arma para provocar este "retorno". A re-leitura, que nos esforçamos em fazer das escrituras tem por fundamento uma GRAÇA absurda e absoluta, e esta Graça nos oferece uma nova posição perante o Senhor, posição esta, que está bem abaixo, mas muito abaixo do que muitos podem achar ou querer estar, é assim é: "...que eu me diminua e Ele cresça...".

 

Analisamos que o pródigo voltou (teve bastante motivos, né ?) e trouxe consigo sua culpa, seus erros, suas frustrações e todos os seus pecados. O que o pai lhe ofereceu? O próprio texto nos afirma: "Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa;e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se" (Lucas 15.22-24).

 

O Pai nos oferece vestes de justiça (Is 61.10): "Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, e como a noiva que se enfeita com as suas jóias.". O anel de nova aliança selada com o sangue de Jesus Cristo (Hb 12.24): "E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.". Calçados agora, com o evangelho da paz (Ef 6.15): "E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;". E um Cordeiro imolado, que com o sangue da sua cruz reconcilia a humanidade com o Criador (Cl 1.20): "E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.". Que tal assumirmos isso para nós ? Já é nosso ...

 

Há sempre uma festa preparada para nós! Quando "retornamos" para o pai, o qual sempre está/esteve conosco, em todos os momentos e em todos os lugares, somos sempre bem recebidos. Mas voltar pra onde ? Volte pra vida... encare as responsabilidades de vivê-la, como falamos por aqui, na terra de todos os santos, "se saia", não espere sair ileso, aqui jaz o maligno, mas "é na fraqueza que Ele nos torna fortes", compreenda que na incerteza temos esperança, nela somos movidos a continuar caminhando, na única certeza, que é no porvir da eternidade que pousaremos, até lá "...teremos aflições...". No final sempre temos a oportunidade de brindar ao cordeiro, junto à irmãos queridos.

 

Beijos, Nele em quem que temos a certeza de que, mesmo sendo um pródigo, somos sempre seu filho ...

 

 

Edivan Pimentel dos Reis
Estação Salvador

edivan_reis@oi.com.br

71 9144-7509