Essa é uma das perguntas da canção "para que servimos nós?" do Grupo Logos.( http://letras.mus.br/grupo-logos/339402/)
Essa canção é do LP "Situações" de 1984, mas a pergunta é atual e mais pertinente agora diante do quadro de grandeza e presença dos evangélicos em todas as camadas sociais.
Em 1984 o percentual de evangélicos era de 6,6% e naquela época lembro muito bem dos nossos anseios em fazer crescer esse número e mudar a sociedade brasileira para melhor.Estamos em 2013 e os evangélicos já são mais de 24%, cerca de 45 milhões.
As diferenças entre aquele momento e este? São várias, mas a que quero destacar neste momento é que a verdade hoje já não está restrita ao conhecimento cientifico. Como já disse outras vezes, o mundo é hoje mais permeável ao misticismo.
Não é por outra razão que seitas das mais variadas tem surgido.Crenças de todos os tipos só revelam que o chamado "homem pós moderno" é místico na epiderme, intensamente suscetível à aceitação de ideologias, cultos e crenças, especialmente aquelas com conteúdos exóticos, novos, que indiquem uma percepção pós moderna do mundo e da vida.
A ênfase continuará sendo esta. OVNIs, alienígenas, planetas supostamente habitados por seres superiores continuarão na agenda humana, aliás, serão cada vez mais objeto da atenção e busca dos homens.
Não deparamos mais com descrentes ou contestadores vorazes das escrituras e da fé como antigamente.
O que de fato interessa é se aquilo que pregamos, o que temos anunciado, tem coerência com o que vivemos e praticamos.
Os princípios que dizemos abraçar tem concretude nas ações e na vida? Falamos de um Cristo que é amor e replicamos o amor que julgamos ter aprendido com Ele?
Jesus disse que nem só de pão vive o homem, por que também de pão vive o homem, disse certa vez o Rev. Caio Fábio.
Vive também de pão, de moradia, de água, de abraço, de amor fraterno, de companhia, de segurança, de remédios, de atendimento médico, etc.
A mensagem pura e simples é capaz de transformar o homem, sua intenções, seu modo de vida, mas será também efetiva caso se faça acompanhar do suprimento às suas necessidades mais comezinhas, que dá dignidade à vida humana.
Jesus fala à multidão mas se preocupa se os que o ouvem estão famintos. Por causa deles realiza o grande milagre da multiplicação.Ele conta a parábola do bom samaritano mas faz questão de realçar o cuidado, o zelo e a ação daquele homem em relação ao caído na estrada, não diz uma palavra sobre ensinamentos ou qualquer discurso que teria feito.
Sim! As ações valem mais do que mil palavras.
O mundo está aberto como nunca esteve nos últimos 100 anos para uma mensagem que contenha testemunho.
Antes de nos preocuparmos em "ganhar o mundo", antes de nos preocuparmos em mudar a sociedade, devemos refletir primeiro se conseguimos ser sal da terra.
Jesus não nos chamou para defendê-lo! Não nos nomeou defensores de Sua Igreja (é Ele quem advoga por ela); não nos convocou para apologetas de dogmas ou crenças.
Nosso chamado é para sermos como Ele foi e é. É que as palavras, princípios e crenças em tudo que Ele ensinou se realizem em nós, por meio de nossas atitudes na vida. Por isso Ele mesmo afirma que quem Nele crer, fará as obras que Ele fez e ainda maiores que as Dele.
Jesus não defende o judaísmo, não cria outra religião que se oponha a ele, não se ocupa em sistematizar doutrinas.
Ele apenas é na vida, Ele apenas é na caminhada.
Lembre-se: sem sabor, insipido, nosso destino é a sola dos pés dos homens.
Ouça a música!
Romualdo Junior
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