Hoje é o dia tão esperado pelas pessoas do mundo inteiro
como a chegada do fim do calendário Maia, como sendo a predição do fim do mundo
e a destruição do nosso planeta. Estou vendo o dia pela janela: O Sol está
lindo e claro. E o céu está azul anil como poucos dias vi nesse ano.
Não foi o fim do mundo, afinal.
Mas será que estamos perdendo algo?
Vivemos em um mundo que, existindo, cessa a existência de
muitos entes humanos por conta de ganância, torpeza, arrogância, lascívia e
toda a sorte de doenças da alma que pelejam, quase sempre, contra os mais
fracos.
Vivemos em um mundo onde existem milhões de religiões sem
serviço ao homem. Que em existindo elas, matam a alma das pessoas com práticas
vazias de propósito e levam a maioria das pessoas à estupidez de uma rotina
alienante.
Vivemos em um mundo onde aqueles que representam a Deus no
mundo, são os primeiros a ser motivo de escracho público, roubando, matando,
julgando, esmagando, vociferando, e propagando toda a sorte de maldições contra
aqueles que pensam diferentes deles. Alegando depois que tudo isso é feito em
nome da “justiça”.
Vivemos em um mundo onde se usam as multidões como forma de
“negócio” e que, contra Deus, fala-se em nome daquele que propagou somente o Serviço
sem pagamento, o qual se receberia como satisfação de ser “o bem” nesse mundo.
Vivemos em um mundo que tem ampla capacidade de alimentar
pelos seus recursos aqueles que o habitam. Mas que promove e perpetua a lógica
que acumula nas mãos do que mais tem e retira ou priva das mãos daqueles que já
não têm.
Vivemos em um mundo de hipocrisias.
Vivemos num mundo mal.
O mundo (planeta) ainda não acabou. Mas o mundo (sistema de
relações humanas) é fétido, podre e morto. O mundo dos homens já não existe.
Seria clichê, talvez, falar a respeito da esperança do
crente em Jesus, que, na maioria das vezes, pode não estar junto a estes que
apregoam o fim eminente baseado em profecias “pagãs”. Entretanto, mesmo estes, cruzam os braços para a realidade de que esse é o único mundo que nos foi dado por
Aquele que eles dizem crer. E que mesmo que esperemos 'outro mundo', desse devemos cuidar.
Aquele que eles dizem crer. E que mesmo que esperemos 'outro mundo', desse devemos cuidar.
Hoje o mundo não acabou.
Mas que possamos começar um novo mundo agora, nesse momento, olhando para além
de onde nossos olhos podem alcançar.
Que quando as eras acabarem, seja quando for, possamos ouvir
d’Aquele que tem a Palavra Final: “Vinde
benditos do meu pai. Porque vocês se importaram com o ‘mundo’”.
Boas festas e que, a partir de agora até o Último dia, vivamos com menos alienação.
Anderson Villaverde
21/12/2012
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